justificativa


A segunda etapa do Orçamento participativo de DF, iniciou-se com a assinatura do decreto, no dia 28 de fevereiro de 2012, para as atividades de 2012/ 2013.

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O Orçamento Participativo do DF iniciou-se em maio de 2011.

A população do Distrito Federal foi convidada a construir esse processo junto com o governo. Pessoas de todo DF responderam a esse convite com boa vontade, cooperação e trabalho.

Este blog mostra um pouco das atividades desenvolvidas pelos delegados do LAGO NORTE e dos conselheiros do DF. Mostra também atividades correlatas ao movimento do OP-LN.
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Críticas e sugestões serão ouvidas, desde que identificadas-

(61- 96853332)


terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aconteceu na Camara Legislativa

Orçamento participativo do DF é debatido na Câmara
01/12/2011 15:10 (Donalva Caixeta Marinho - Coordenadoria de Comunicação Social)



O compromisso do Governo do Distrito Federal e da própria Câmara Legislativa com as propostas do orçamento participativo foi um dos pontos mais realçados, hoje (01), na audiência pública promovida pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), no auditório da Casa, para debater as indicações feitas pelas comunidades do DF ao orçamento de 2012.
A audiência foi presidida inicialmente pelo deputado Wasny de Roure (PT), que deixou bem claro que o papel dos delegados e conselheiros não é apenas o de nomear as obras que consideram importantes para as comunidades, mas também de acompanhar a execução orçamentária para verificar o aporte de recursos dos cofres do DF. Posteriormente, os trabalhos foram conduzidos pelos deputados Olair Francisco (PTdoB) e Agaciel Maia (PTC).
O chefe da Coordenadoria de Cidades da Secretaria de Governo, Francisco das Chagas Machado, disse que "não existe nenhuma sombra de dúvida sobre a importância do orçamento participativo para o governo", mas entende que é preciso que esse envolvimento seja cada vez mais amplo para dar mais "musculatura" a essa participação.
Por seu turno, Geraldo Melo Monteiro, representante dos conselheiros de Planaltina, manifestou seu entendimento de que "essa é uma forma de governar incluindo a comunidade". Frisou, no entanto, que em muitas ocasiões ocorre um desencontro entre o que a comunidade reclama e as obras liberadas pelo governo.
O técnico Alexandre Paranhos, assessor da Secretaria de Planejamento, informou que a importância dada a essa iniciativa pelo órgão pode ser traduzida pela unidade criada para acompanhar o orçamento participativo, na qual é feita o mapeamento das propostas e das fases em que se encontram, como andamento, conclusão, licitação e outras.
O representante dos conselheiros de Taguatinga, Francisco Carlos de Sá Freitas, observou que uma obra menor, como uma boca de lobo para escoar as águas pluviais, é mais importante, para as pessoas simples que participam das reuniões, do que grandes investimentos destinados à Copa do Mundo de 2014.
Mais de vinte pessoas, principalmente conselheiros e delegados do orçamento participativo, se inscreveram para dar sua opinião sobre o assunto ou reivindicar obras que, mesmo tendo sido definidas como prioritárias, ainda não foram executadas.

Mais de vinte conselheiros e delegados se pronunciaram (Foto: Silvio Abdon/CLDF)

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CONVITE PARA AUDIENCIA PUBLICA NA CAMARA

O Deputado Wasny de Roure PT-DF

tem a satisfação de convidar para Audiência Pública para debater as Iniciativas Governamentais do “Orçamento Participativo”, proposto pela Comissão de Economia Orçamento e Finanças - CEOF ,
a realizar-se no dia 01 de Dezembro de 2011, às 09 horas,
no Auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Gentileza confirmar presença
Telefone: 3348-8822

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Se não nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir"

Luz piscando forte - Marta Suplicy

Todas essas manifestações que vimos pipocando em diferentes países, que também se expressam de forma bastante própria em cada um deles, piscam numa mesma direção.

O comum parece ser a insatisfação, a raiva, o medo, a angústia e a indignação. Sentimentos que podem ou não ser canalizados perigosamente. Devem ser entendidos como indicação de que algo profundamente "errado" está acontecendo e não corresponde aos anseios desses jovens.

As manifestações utilizam presença, discursos, gritos, por vezes violência e instrumentos que antes não eram disponíveis. E nós, mesmo tentando entender, no máximo percebemos que há um novo movimento em uníssono, múltiplo e que tem uma capacidade gigantesca de propalar-se.

O novo parece ser, além da comunicação em tempo real e das redes sociais, o momento peculiar que o mundo vive. Nessas últimas semanas, o que era uma ação de jovens insatisfeitos pela percepção de que as portas para a realização de seus sonhos se estreitavam, tomou forma mais ampla e nítida: a sociedade está cada vez mais desigual.

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Mas o que leva à manifestação, seja no Twitter ou indo às ruas, é se perceber fora do jogo. E eles têm razão, pois 20% dos mais ricos consomem 70% da produção mundial, enquanto os 20% mais pobres consomem menos do que 2%.

Essa disparidade, há um tempo atrás, não incomodava tanto aos jovens dos países ricos. Mas, na medida em que veem suas chances de emprego e consumo desabarem, a revolta contra os governos que produziram tal situação é imensa. Eles não têm respostas, eles querem solução. Querem luz no final do túnel para voltar a sonhar e realizar.

Os jovens se deram conta, antes dos trabalhadores mais velhos, que seus representantes não estão nem aí para o estreitamento de suas oportunidades de ascensão social, sua ânsia por liberdade, participação e democracia. Foi ficando claro que governos como os da Europa e dos Estados Unidos, que socorreram com mais de US$ 2,1 trilhões o sistema financeiro, não os representam.

As instituições mundiais e os sistemas eleitorais vigentes, assim como as regras que têm conduzido o mundo, estão caducas. Seria como se o mundo já estivesse tocando outra música e a orquestra continuasse na partitura anterior. Não dá. E como mudanças dessa profundidade nunca ocorreram com rapidez, encontramo-nos todos atônitos com a aceleração do processo.

Enquanto esses movimentos vão como nuvens se redesenhando, sem céu azul, fica a pergunta: para que e para quem servem esses governos? Não nos esqueçamos das faixas empunhadas em manifestações na Espanha: "Se não nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir". A luz não vai parar de piscar tão cedo.

Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo do dia 5/11/2011